quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Hidrofobia;

O amor é como essas casas com um cachorro à espreita no portão, passo longe para evitar o susto. Tá que nem todos os cães-de-portão são agressivos, mas prefiro evitar contato. Afinal quantas vezes esses malandros já me morderam? Ainda carrego leves cicatrizes, nada muito grave, apenas desapontamentos. Medo.

Medo de as coisas serem certas nos momentos certos. Medo da perfeição, da felicidade compartilhada com alguém que me tira os sentidos. E o pessimismo lambendo meu rosto, quase um instinto.

Sobrevivo apenas de platonismos, um vício que carrego para todas as direções. Minha pílula diária. É um belo disfarce para escapar do amor, infelizmente não eterno. Fico quase feliz observando meu grande estoque de pílulas.

2 comentários:

zenith disse...

A respeito do amor, eu vivi um tempo com cicatrizes. Mas depois de um tempo devemos nos permitir de amar novamente. De repente pode surgir algo bonito com isso. E quando esse sentimento voltar, o medo e a insegurança só pode atrapalhar.

Laerte. disse...

tu precisa de sexo e de um gaúcho se é que não pode ser tudo junto.