quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Síntese da 3ª pessoa do plural

Os outros. Quem são? É uma dúvida que sempre deixei na gaveta do criado mudo, junto dos CDs, escondida e quentinha. Vira e mexe e lá está ela, implorando para ser tocada com o Pink Floyd. Desculpe a demora, pequenina! Mas, finalmente sua espera acabou, hoje é seu dia de sorte (e o meu de faxina).

Nos referimos aos outros como se fossem uma autoridade, um conjunto de leis pré-estabelecidas. "Não quero que os outros pensem isso", que feche este blog o ser que nunca deixou esse zumbido percorrer os neurônios. É fato, somos alienados dos outros. Minto? Ah, é mesmo?! Então dê-me a chave de sua cabecinha metálica...

Nossas vontades e sonhos, os quais se encontram apenas em balõezinhos aleatórios à cuca(os mais loucos), como por exemplo, usar roupas extremamente extravagantes(muito, mas muito MESMO), sendo essas fora dos padrões dos costumes da tal sociedade, é algo que deixamos de fazer por medo da opinião alheia, por rejeição, assim como não tomar banho por vários dias, ou deixar de escovar os dentes.

Porém, ainda há a desculpa de bem-estar próprio... ah, esses humanos...
Primeiramente, o vocábulo 'próprio' é muito pejorativo para se referir ao que ousamos chamar de eu, este sendo formado de milhares de eus que sugamos ao longo da vida, e nesse grupo tão egocêntrico se encaixam os outros. Resultado: meu ego fez uma mistura do da fulana, do cicrano e etc. Nunca serei um indivíduo totalmente independente, pois comigo trago uma personalidade formada de milhares de outras formada por milhares de outras e assim sucessivamente. Próprio = cadeia de eus.

Mas afinal, quem diabos são os outros? Eles variam de pessoa para pessoa, dependendo da sua tribo, de acordo com seus costumes. Não é estranho perceber que a independência e liberdade nunca será alcançada. De qualquer maneira, aqui está sua chave. Obrigada!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Macunaimando;

Ai, que preguiiiiiiça!

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Complexo megasônico de Raul

Pensei, pensei e pensei. É a dúvida da minha cabeça nesses tempos, aliás é uma entre suas queridas colegas gêmeas, trigêmeas e zilhogêmeas. E o que penso é justamente o fato de pensar, entende? Não exatamente o ato em si, mas suas variações. Tanta gente se apega à um pensamento e com ele jura que está com toda a razão mundial, via lacteal, universal.
Universal... hã, imagina se todas as criaturas marcianas, uranas, plutanas e fulanas colassem um adesivo "isso é certo, isso é errado" em suas mentes? Acho que entraria em colapso nervoso! Mas o nervoso disso tudo mesmo, são aqueles seres possuidores de idéias que chamam de, hum, alternativas, aliás, nem disso eles chamam, pois fazer isso seria o mesmo que suicidar sua personalidade.
Calma, calma! Realmente aprecio pessoas diferentes, opiniões criativas, gostos exóticos e etc, só me refiro ao estilo "sou cult, olhe como sou solitário"... ok que todos temos motivos que podem nos levar a tal, mas peraí! Também não é assim, poxa! Tem gente que se acorrenta a conceitos só pra combinar com seu humor cabisbaixo, sabe? Cada vez mais vai se enterrando numa cova profunda... sai disso rapaz! Tudo bem que já dizia Cazuza, 'ideologia, eu quero uma pra viver', mas ao menos escolha uma alto astral, que lhe coloque um sorriso na cara, e se for algo que valha a pena, lute por isso!
O povo está com mania de ser muito diferente dos demais propositalmente, provavelmente para ganhar um destaque. Ei! O mundo é tão simples, é tão alegre, somos apenas um conjunto trabalhando para ele. Aceite seus semelhantes do jeito que são(os que são mesmo o que são, sacou?), até eu necessito, claro!
Pra finalizar meu bolo com uma cereja saborosa, uma frase que aprecio muito!
" É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha
Opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha
Opinião formada sobre tudo"