segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Vai uma bala aí?


Cabeça, cabeça, não vejo o porquê tê-la, não temos chance de escolher sua forma, mas ao menos alguém foi bom o suficiente para permitir que selecionemos o conteúdo. E é tão difícil encher esse jarro do modo que agrade aos outros (não que eu realmente me preocupe com isso, mas olhe lá! Já estou me preocupando...), é como um baleiro, muitos ocupam com balas de morango, e/ou de limão, e assim por diante... eu, particularmente, tenho uma preferência pelas sortidas, ardidas e doces (se é que exista bala salgada), adoro a confusão de sabor que elas causam! Um dos meus hobbies é compartilhá-las com outros baleiros, mas apenas com a condição de receber outras de volta, e uau, como é tão incrível a variedade de texturas, aromas, conservantes e naturebas que posso adicionar na minha mente!
Dizendo assim, até parece que ter uma caixa crâniana é fácil... que nada! Devemos seguir suas instruções à risca (ou pelo menos, deveríamos). Ouvi dizer por aí que usar nosso cérebro é fundamental, mas eu disse realmente usá-lo. Muita gente têm uma capacidade gigantesca, só falta descobrir ainda (hohoho, essa foi cruel). Pode apostar, não é nada arduoso o caminho para uma digna sabedoria (ou uma pseudosabedoria, hehe), e para isso não é preciso enfeitar falas e textos com bonitas e exóticas palavras (o meu caso, haha), basta rechear sua fôrma com deliciosas guloseimas e só atraíra mais boas balas!
Essas coisas só nos dão trabalho, além de ter que ter conteúdo para agradar, querendo ou não, uma cabeça deve ser bem moldada, com bonitos olhos, boca selecionada, bochechas levemente rubras e uma feição agradável (aí vai do gosto aleatório, ou o que considerarem bonitos olhos, ou boca selecionada). O que não sabem é que a beleza em ter algo somente seu é unicamente maravilhoso!

Um comentário:

afelicio disse...

Não uso chapéu, nem boné, cabelo já os tenho poucos, o exterior já está bem rodado. O de dentro dentro deve ter uns filamentos queimados, estressados, superados, carcomidos, passados e passantes. mas minha cabeça ainda sabe olhar as cabeças brilhantes.
A sua é uma verdadeira cabeça do ZÉ, lembra-se dela?
Não é uma cabeça de papelão (se não conhecer leia o homem da cabeça de papelão - conto de João do Rio.
Viver é ter a cabeça a prêmio, é ter a cabeça sendo julgada a cada momento.
Viver é encher e esvaziar a cabeça, é esse eterno trabalho como vimos no filminho do Sócrates.
Escrever e ler é a forma de exercitar e ter um cérebro forte numa pessoa legal como você.
Abraços